sexta-feira, 26 de julho de 2013

As cançonetas




Pensar nisto hoje, até me dá vontade de rir.
Pois é.
Passei a minha juventude a ouvi-las.
Quem as trazia até mim era a Rádio Altitude da Guarda.
Canções ligeiras, leves e vazias.
Serviam apenas para embalar os sonhos de jovens adolescentes, e ajudar a passar o tempo dos mais disponíveis.
O conteúdo era frívolo, sem a preocupação de educar nem de esclarecer fosse o que fosse.

Houve durante anos um programa chamado «Discos Pedidos», que punha tudo maluco.
Exigia que se dissesse uma frase publicitária antes de pedir a música preferida.
«Posso pedir um disco? Posso dizer a frase»?
Blá…blá…blá… blá…
Passava-se o tempo assim naquela alienação e de cabecinhas vazias.

Jovens e menos jovens, sem acesso ao saber e ao mínimo de cultura.

Era assim naquela altura em que a ignorância era apanágio dos governantes.
Salvou a situação a biblioteca itinerante Calouste Gulbenkian que, de vez em quando, passava e disponibilizava livros à escolha para os interessados.

Nem tudo podia ser medíocre! 


Abraço.

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