
Pensar nisto hoje, até me dá vontade de rir.
Pois é.
Passei a minha juventude a ouvi-las.
Quem as trazia até mim era a Rádio Altitude da Guarda.
Canções ligeiras, leves e vazias.
Serviam apenas para embalar os sonhos de jovens adolescentes,
e ajudar a passar o tempo dos mais disponíveis.
O conteúdo era frívolo, sem a preocupação de educar nem de esclarecer
fosse o que fosse.
Houve durante anos um programa chamado «Discos Pedidos», que
punha tudo maluco.
Exigia que se dissesse uma frase publicitária antes de pedir
a música preferida.
«Posso pedir um disco? Posso dizer a frase»?
Blá…blá…blá… blá…
Passava-se o tempo assim naquela alienação e de cabecinhas
vazias.
Jovens e menos jovens, sem acesso ao saber e ao mínimo de
cultura.
Era assim naquela altura em que a ignorância era apanágio
dos governantes.
Salvou a situação a biblioteca itinerante Calouste Gulbenkian
que, de vez em quando, passava e disponibilizava livros à escolha para os
interessados.
Nem tudo podia ser medíocre!
Abraço.
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